Gerador de textos do Jorge Amado
Olha esse que eu fiz:
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De quando Oxum novamente escutou Judite
A lavoura de cacau pedia trégua. A fazenda Pio do Severino já não agüentava mais tanta devastação e pedia clemência da vassoura de bruxa. Da mesma forma que a cidade inteira pedia alguma solução. Enquanto coronel Alonso especulava na capital alguma forma lucrativa de negociar a venda da sua propriedade, Judite apelava para que Oxum mandasse embora aquela maldição. Com os homens sem dinheiro, ela e suas cabritas não tinham futuro. O endurecimento estava sendo substituido pelo desânimo. As carolas seriam as únicas felizes, porque só elas dão valor para a tristeza.
Até o paciente Asbetecc foi visto chutando um perfume e gritando para a poeira que se levantava na frente da venda:
- Porque não?
O cabra tinha enlouquecido. Não havia mais o cheiro de nhoc saindo das janelas. A praga extinguiu também a possibilidade de possuir batata nas despensas. Não havia lugar nem mais para o ódio. Foi assim até o dia em que viram Judite gelar. Era o sinal. Sempre que Oxum a ouvia, isso se repetia. Dito e feito. Em um mês a praga abandonava a cidade, a fazenda Pio do Severino e os pesadelos de Judite, que - depois de ser ouvida -, resolveu toda noite em total endurecimento, dançar e exibir sua tímida coxa na frente da igreja, sem ligar para a oculta ameaça de uma navalha.
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