sábado, novembro 30, 2002

Uma animação para quem tem mais ou menos a minha idade e já brincou no famoso "telejogo". Aquele jogo toscão chamado pong.
http://www.onzin.com/fun/flash/flash/humor_pong.swf

quarta-feira, novembro 27, 2002

O trecho a seguir foi retirado do excelente caderno "sinapse" da Folha de S. Paulo. Trata-se de definições de felicidade segundo alguns "grupos".

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Felicidade para gregos e troianos


budistas: Viver é sofrer. Estamos presos à lei de causa e efeito. Para alcançar felicidade, é preciso renunciar ao ego e à ânsia pelas coisas deste mundo.

céticos: Considerando que tudo é tudo e nada é nada e que a certeza é impossível, o mais sensato é superar os conflitos de opinião e suspender o juízo sobre as coisas.

cristãos: A felicidade está no passado ou no futuro, nunca no presente. Sem a fé, a razão não leva ao caminho da bem-aventurança.

epicuristas: Quer ser feliz? Comece arquivando a angústia da morte porque tudo é matéria e sensação e, quando você morre, não há mais matéria nem sensação, então para que se preocupar?

estoicistas: Para chegar à "ataraxia", estado máximo de sabedoria caracterizado pela ausência de perturbações, é só anular todas as paixões e fortalecer a vontade.

freudianos: O princípio do prazer nos impele a ser feliz, mas a sociedade bloqueia. Então, vamos adequar nossos impulsos sexuais à vida civilizada e fingir que felicidade é possível.

hedonistas: Felicidade não requer esforço nem renúncia, muito pelo contrário. O fundamento da vida moral é o prazer.

liberais: A auto-realização humana se resolve na perfeita economia de mercado. Cada um deve buscar a satisfação de todos os seus apetites e, dessa forma, estará automaticamente, em busca da felicidade dos demais.

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E aí? Com qual desses grupos você mais se identifica? Responda nos comentários! ;-)

domingo, novembro 10, 2002

Você não precisa de drogas, mas o menino do morro precisa !

O tráfico está cada vez mais aparecendo na mídia, de certa forma estão mostrando as coisas como funcionam através de reportagens, comerciais, filmes e outros meios. A realidade do tráfico vem incentivando algumas pessoas a abandonar o vício por drogas ilícitas, principalmente maconha, talvez por que seja a mais consumida ou a de maior chances de se livrar.

Mas aí me vem uma pergunta, se a maconha for legalizada ou se as pessoas abandonarem em massa este vicío de que vai viver o pessoal do tráfico?
Quando digo pessoal do tráfico não estou dizendo sobre os traficantes-mor, aqueles que estão muito bem de vida, mas sim dos pequenos, do pessoal da favela que vive de bicos no tráfico, assalta aqui, mata um ali...
O tráfico neste caso continuaria existindo, mas para drogas mais pesadas ou mesmo de armas, sei lá, sempre existirá alguém querendo algo ilegal e disposto a pagar por isso. Se a maconha ou a cocaína não forem mais o prato principal, então eu acho que as coisas podem piorar, pois existirão milhares de pessoas sem "emprego", o que pode aumentar a violência.

Por isso acho que as pessoas devem abandonar os vicíos sim (faz mal a elas mesmas, financia o trafico também), mas que para acabar com a violência as pessoas que são usadas no tráfico (aqueles que assaltam aqui, matam um ali...) deveriam ter oportunidades de estudar, trabalhar e viver em paz, e deixar os outros em paz.

O menino do morro não vai mais precisar de drogas quando o país mudar, tiver emprego e educação, e aí você também não vai precisar de muita coisa.

AS (DES)AVENTURAS DE RAUL E MELEU
Episódio de hoje: "Tem que dar 30"



Inauguro neste post uma série de relatos de alguns "causos" que aconteceram (ou acontecem) com o meu amiguinho Raul e comigo. Peço desculpas aos leitores mais frescos, aqueles que se ofendem com linguagem chula, mas é que eu preciso reproduzir fielmente palavra por palavra do que foi dito. ;-)

[Não achem que sou um fraco, que não tive forças para meter a cara para o vestibular! Eu continuo estudando! Isso é só uma distração para esfriar a cabeça.]

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Nos primórdios de nossa adolescência éramos roqueiros, "ouié", e acima de tudo éramos révi. Mas não adiantava apenas sermos, tínhamos que mostrar para todo mundo que éramos. E para tal não adiantava apenas nos vestir de preto e colocar correntes e outros penduricalhos metálicos, tínhamos que adotar uma atitude de révi. E uma atitude interessante que tínhamos era de sair pegando os sacos de lixo das calçadas e jogar no meio da rua, espalhando o lixo pela rua. Era pura curtição! Ao ver aquele lixo se esparramando bradávamos um belíssimo "OUIÉÉ!".

Certo dia estávamos eu, Raul e Cabrunco (um outro parceiro révi) praticando essa saudável atividade naquela rua do lado do Liceu de Humanidades de Campos (para quem não sabe, isso é Campos dos Goytacazes/RJ), a rua do Terapia's Bar, quando fomos abordados por uma viatura com dois policiais. Aquele tratamento polido dos policiais para conosco merecia uma resposta no mesmo tom. Resultado: fomos parar na delegacia (não sei o endereço direito, mas é aquela delegacia perto da Formosa, na rua que cruza com a do Palácio da Cultura). Não tentamos fugir nem nada e por isso não precisamos ser algemados. E no caminho fomos com a cara na janela torcendo para que algum conhecido nos visse e concluísse o quanto éramos radicais (ouié!).

Chegando lá um dos policiais abordou um bigodudo delegado (ou alguém que faz o serviço que esses delegados que passam na TV fazem) e foi dizendo com aquele sorrisinho sarcástico:

- Esses anarquistas tão com fome e tavam revirando lixo pra procurar comida.

Nossa! Aquilo nos encheu de orgulho! Ele nos chamou de anarquistas! OUIÉÉ!!

- Manda eles pra cá que eu vô vê o que eu faço - respondeu o delegado.

E lá fomos nós três e o delegado para uma salinha ao lado do balcão de atendimento da delegacia.

- Pelo que tô vendo os três são dimenó... - disse o delega.

- É. Somos... - respondemos com uma ligeira satisfação em saber que ele não podia fazer algo legal (no sentido de "com respaldo da lei") contra nós.

- Olha, vou ver se alivio pra vocês. Vou fazer o seguinte: vou medir o tamanho da piroca de vocês três. Se somadas derem trinta centímetros vocês estão liberados, senão...

Nós três nos olhamos e creio que pensamos juntos "Ô cacete! O cara é viado!". E acho que estávamos com razão...

- Senão o quê? - perguntou Cabrunco, o mais valentão de nós.

- Senão eu posso fazer o que quiser com vocês três. - respondeu o bigodudo.

Como não tínhamos tempo para deliberar sobre o assunto, só nos restou aceitar.

- Puta que pariu! Mede logo essa porra que eu quero ir embora logo pra jogar um video-game! - eu disse. E nesta hora eu estava demonstrando que eu também sou valentão.

E fui medido. A cara de satisfação do delegado ao constatar que media dezoito centímetros me deu um misto de nojo e raiva, mas eu segurei.

- Agora é você, grandão - disse o delegado referindo-se a Cabrunco.

E então mediu-se o de Cabrunco. Dez centímetros. Neste momento acho que eu e Cabrunco pensamos a mesma coisa: "Agora e fácil! 18 + 10 = 28. Falta só dois pra chegar a trinta".

Chegou a vez de Raul e ele meteu a mão no bolso da calça, fechou os olhinhos e fez uma cara estranha. Depois de um tempinho mostrou o "documento" e disse:

- Vai lá. Pode medir.

Peço aos leitores que se lembrem daquele som característico dos jogos de futebol quando o cara bate uma falta e a bola passa raspando no travessão mas vai pra fora, aquele sonzinho: "Uuuuuhh...". Pois é, foi esse som que passou pela minha cabeça ao ver o resultado da medição: dois centímetros! Por pouco a gente não dança!! Uuuuuuhh...

- Porra! Que droga! Mas trato é trato. Vai lá. Cês tão liberado - disse o do bigode

Saindo da delegacia eu não podia evitar de deixar claro aos meus parceiros que só estamos livres graças a mim:

- Aê, cês tão me devendo essa, hein! Se não fosse os meus dezoitão a gente tava lá até agora!

- Que isso rapá?! - argumentou Cabrunco - Se não fosse os meus dez lá pra complementar a gente não chegaria nos trinta!!

E então Raul teve que jogar na nossa cara que estávamos livres por conta dele:

- Cês tão falando muito aí, mas a gente só tá livre por minha culpa! Imagine o que seria da gente se eu não tivesse de pau duro na hora!!

Tá certo... Brigadão Raul, te devemos essa.

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Moral da história: se aqueles révis-super-radicais-ouié que vão lá no SESC as sextas-feiras não forem bem dotados e continuarem com aqueles comportamentos, vão acabar descobrindo com mais detalhes o que o delegado bigodão faria se não tivéssemos chegado aos 30 centímetros.
hehehe...

sábado, novembro 09, 2002

É..., clima de eleições passou, e com isso acho que passou também minha inspiração pra falar sobre política, talvez esta paradinha foi só pra pegar folego.

Estou meio sem assunto pra escrever, esta semana não tive muito tempo de pensamentos livres dos estudos e cálculos...mas geralmente quando estou sozinha, andando por aí fico refletindo, pensando na vida,...essas coisa.

Vou descrever aqui o que passou pela minha cabeça no banheiro do shopping, lá vai:

Ah, é bom dizer que pra pensar isso lembrei do dia em que ouvi algo do tipo:
"A vida é assim , devemos aceitar, quem quer ganhar mais deveria estudar mais, e não deve ficar invejando o patrão, se ele ganha mais é porque se esforçou pra isso, estudou..., tem que aceitar e viver de acordo com que ganha."

Sentei no vaso sanitário e:
"Por que que as pessoas não gostam do comunismo? Por que as pessoas não concordam em receber remuneração igual para traalhos diferentes?
Seria tão bom se as pessoas trabalhassem por prazer, escolhessem sua profissão sem se importar com o salário, acho que cada um iria se encaixar no que gosta, ou no que acha que é bom, que se sente bem por ajudar a sociedade...por todos os motivos mas menos pelo mais sujo de todos : o dinheiro, como diria a Vani (Os Normais ).
E poderiamos trabalhar de 3 a 4 horas por dia, e escolheriamos os horários que fossemos trabalhar, e o resto do tempo usariamos pra aprender mais coisas, pra pruduzir conhecimentos, arte, ou apenas pra tirar uma soneca e ir feliz pro trabalho no outro dia.
Isso é possível sim!!!"
Ae acabou o xixi, sai do banheiro e nem pensei mais sobre isso, só agora.
Bom, pensando melhor, eu diria que impossível não é.
Pocos que não fazem o menor esforço para ter o que têm e muitos que se esforçam pro seu inheiro ir pra mão do que está curtindo a vida.
Bom sei que meu pensamento é inviável pras condições atuais, mas pelo menos que venham as cooperativas.

sexta-feira, novembro 08, 2002

a utlidade dos palavrões


Não estou sendo tão rigoroso quanto deveria nos estudos.
Vim aqui para postar um texto que recebi (de analaura) a um tempinho por email e achei porretinha. Dizem que é do Millôr Fernandes mas eu não ponho minha mão no fogo. Sabe como é essas coisas na internet, né?

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Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos extremamente válidos e criativos para prover nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade nossos mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo fazendo sua língua. Como o Latim Vulgar, será esse Português Vulgar que vingará plenamente um dia.

"Pra caralho", por exemplo. Qual expressão traduz melhor a idéia de muita quantidade do que "Pra caralho"? "Pra caralho" tende ao infinito, é quase uma expressão matemática. A Via-Láctea tem estrelas pra caralho, o Sol é quente pra caralho, o universo é antigo pra caralho, eu gosto de cerveja pra caralho, entende?

No gênero do "Pra caralho", mas, no caso, expressando a mais absoluta negação, está o famoso "Nem fodendo". Nem o "Não, não e não!" e tampouco o nada eficaz e já sem nenhuma credibilidade "Não, absolutamente não!" o substituem. O "Nem fodendo" é irretorquível, e liquida o assunto. Te libera, com a consciência tranqüila, para outras atividades de maior interesse em sua vida. Aquele filho pentelho de 17 anos te atormenta pedindo o carro pra ir surfar no litoral? Não perca tempo nem paciência. Solte logo um definitivo "Marquinhos, presta atenção, filho querido, NEM FODENDO!". O impertinente se manca na hora e vai pro Shopping se encontrar com a turma numa boa e você fecha os olhos e volta a curtir o CD do Lupicínio.

Por sua vez, o "porra nenhuma" atendeu tão plenamente as situações onde nosso ego exigia não só a definição de uma negação, mas também o justo escárnio contra descarados blefes, que hoje é totalmente impossível imaginar que possamos viver sem ele em nosso cotidiano profissional. Como comentar a bravata daquele chefe idiota senão com um "é PhD porra nenhuma!", ou "ele redigiu aquele relatório sozinho porra nenhuma!". O "porra nenhuma", como vocês podem ver, nos provê sensações de incrível bem estar interior. É como se estivéssemos fazendo a tardia e justa denúncia pública de um canalha.

Há outros palavrões igualmente clássicos. Pense na sonoridade de um "Puta-que-pariu", ou seu correlato "Puta-que-o-pariu", falados assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba... Diante de uma notícia irritante qualquer um "puta-que-o-pariu!" dito assim te coloca outra vez em seu eixo. Seus neurônios têm o devido tempo e clima para se reorganizar e sacar a atitude que lhe permitirá dar um merecido troco ou o safar de maiores dores de cabeça.

E o que dizer de nosso famoso "vai tomar no cu"? E sua maravilhosa e reforçadora derivação "vai tomar no olho do teu cu". Você já imaginou o bem que alguém faz a si próprio e aos seus quando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de seu interlocutor e solta: "Chega! Vai tomar no olho do teu cu!". Pronto, você retomou as rédeas de sua vida, sua auto-estima. Desabotoa a camisa e saia à rua, vento batendo na face, olhar firme, cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor íntimo nos lábios.

E seria tremendamente injusto não registrar aqui a expressão de maior poder de definição do Português Vulgar: "Fodeu". E sua derivação mais avassaladora ainda: "Fodeu de vez". Você conhece definição mais exata, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação? Expressão, inclusive, que uma vez proferida insere seu autor em todo um providencial contexto interior de alerta e auto-defesa. Algo assim como quando você está dirigindo bêbado, sem documentos do carro e sem carteira de habilitação e ouve uma sirene de polícia atrás de você mandando você parar: O que você fala? "Fodeu de vez!".

Sem contar que o nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional à quantidade de "foda-se" que ela fala. Existe algo mais libertário do que o conceito do "foda-se"? O "foda-se" aumenta minha auto-estima, me torna uma pessoa melhor. Reorganiza as coisas. Me liberta. "Não quer sair comigo? Então foda-se!". "Vai querer decidir essa merda sozinho(a) mesmo? Então foda-se!". O direito ao "foda-se" deveria estar assegurado na Constituição Federal.

Liberdade, igualdade, fraternidade e foda-se.

Millôr Fernandes

terça-feira, novembro 05, 2002

pausa momentânea



Gostaria de informar aos leitores deste blog que durante este mês de novembro estarei estudando massivamente para os exames discursivos da UERJ (pretendo cursar engenharia elétrica). Por isso evitarei usar Internet e portanto acho não postarei nada até o dia 15 de Dezembro (dia dos últimos exames).

A ManaLaura continuará escrevendo aí pra gente (eu espero). E pode ser que eu apareça nos finais de semana pra deixar um comentário...

Façam suas mandingas, orações, sacrifícios, macumba, reza, simpatia, sei-lá-mais-oquê. Eu tenho que passar!!!

Um abraço a todos e até logo.

P.S.: Caso tenham sugestões de bons links para colocar nesta coluninha da esquerda aí podem deixar aqui nos comentários! ;-)

sábado, novembro 02, 2002

Felicidade


Li na em uma revista (não lembro se foi ISTO É, SUPERINTERESSANTE OU ÉPOCA) uma matéria sobre felicidade, dizendo que a maioria das pessoas é feliz.
Algo assim: "...considerando um ponto neutro entre a depressão e a felicidade plena, tem-se que a média de felicidade da maioria das pessoas se localiza acima do ponto neutro, tendendo a felicidade..."

Indagadas sobre o que é mais importante na vida as pessoas disseram: "Ser feliz" (e similares).
E as pessoas que têm condições apostam em luxos para atingir esta felicidade, sendo que de acordo com uma pesquisa as pessoas mais felizes são aquelas que não dependem de bens materiais.

Este texto me fez pensar: 'eu sou feliz?'
E responder: 'sim, muito, muito mais até do que eu imagino ser, e poderia ser mais ainda se eu não pedisse pra ficar triste, como faço algumas vezes, sem querer'

Eu não quero perder qualquer chance que eu tiver de ser um pouco mais feliz.
Para isso, acho que é importante, pelo menos comigo funciona: Não assistir à aula ou estudar se esse estudo não está lhe acrescentando nada (ou isto está lhe chateando muito), é melhor estudar outra coisa ou fazer algo que goste bastante, para o dia valer a pena. E não guardar seus sentimentos, eu sei que por isso fico um pouco triste as vezes, mas ficaria mas triste ainda se os guardasse.

De qualquer forma, ser feliz é muito fácil (com excessões), nós é que complicamos demais.

E do fundo do coração, eu prefiro um dia bem vivido a tirar nota boa numa prova.